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Desde o último final de semana do mês passado, quando diversos grupos se manifestaram contra o presidenciável Jair Bolsonaro com a hashtag “Ele Não”, um em particular chamou atenção da mídia, especialmente do meio religioso, por se tratar de mulheres “muçulmanas contra o fascismo”.
Diferentemente de alguns países onde a religião oficial é o islamismo, o Brasil como Estado laico, ou seja, que não possui uma religião oficial, garante a plena liberdade religiosa de todos os segmentos. Ainda assim, o grupo “Muçulmanas contra o fascismo” alegou preocupação com uma suposta “onda de intolerância religiosa”.
“A gente vê como uma ameaça de não poder exercer a nossa religião”, disse a professora Nahid Shair, uma das integrantes da manifestação. “Eu uso véu e não quero deixar de usar. Não quero deixar a minha religião porque a maioria do Brasil é cristã. A Constituição me deu esse direito”.
Não há qualquer menção no plano de governo do candidato Jair Bolsonaro que inspire a exclusão da liberdade religiosa de outros segmentos. Mesmo assim, o grupo de Shair e o “Coletivo Muçulmanas e Muçulmanos Contra o Golpe”, além da “Mesquita Sumayyah Bint Khayyat” de São Paulo, assinaram uma “nota de repúdio” contra o presidenciável, segundo a Época.
“Uma nova onda de intolerância religiosa ganha ímpeto com o fanatismo de parte dos evangélicos neopentecostais, tendo como principais alvos as religiões de matriz africana”, diz um trecho do documento, associando diretamente o ativismo dos grupos que assinam a nota contra parte do segmento evangélico.